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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Paris 3 - Trapped Inside this Octavarium

Quinta-feira, 5 de outubro, terceiro e último dia da viagem pela frança.

Acordei em torno das 9 da manhã. Dormi pouco mas me sentia muito bem. Então preparei tudo com calma. Tomei um bom banho, ajeitei minhas coisas pra ficarem prontas pra ir embora pela noite. Conferi na internet alguns lugares pra visitar e pra comer.
Uma das sortes que tive com o CouchSurfing foi a localização do anfitrião. Fiquei a umas três quadras do cemitério "Père-Lachaise". O maior e mais famoso cemitério de Paris.
Apesar de ser um cemitério, o lugar é muito lindo. Aliás, a arquitetura gótica em Paris é simplesmente incrível, mas nesse lugar era o extremo disso. Eu me senti no Ato I do Diablo III.
Essa primeira foto é da sepultura do melhor pianista da história do mundo (na minha humilde opinião), Frédéric Chopin. Apesar da nacionalidade dele e da bandeira, Michal me disse que ele não é muito popular na Polônia. Acredito que é o mesmo que acontece com Vila Lobos no Brasil, Ástor Piazzolla na Argentina, etc.

Esse cemitério é um lugar que eu deveria ter estudado mais antes de visitar. Várias pessoas importantíssimas estão sepultadas lá e eu acabei não vendo ou encontrando. Um ótimo exemplo é o cientista francês Fourier. Fourier é o inventor de uma das bases mais importantes pra minha engenharia  tive a oportunidade de ver sua sepultura e perdi. Tudo bem, aproveitei outras incríveis também. Como as das próximas fotos.



Túmulo de Jim Morrison.
Túmulo de Allan Kardec - responsável pelo Espiritismo. E eu, muito sério.
Esse monumento ao lado fica bem no centro do cemitério. O lugar é realmente muito bonito.




Quando estava saindo do cemitério pela parte norte dele encontrei esses monumentos em memória da segunda guerra em memória aos soldados mortos pela França. Cada um dos monumentos é uma homenagem a cada povo.




Saindo do cemitério peguei o metrô e fui ao sul do rio. Acabei passando pela parte de trás da igreja Saint-Nicolas-du-Chardonnet por sorte, pois não estava nos planos.
Estava procurando um lugar pra comer que vi ótimas avaliações na internet antes de sair de casa. Encontrei e tive um ótimo almoço na parte de fora do restaurante.
Almoço.


Vista que tinha durante o almoço.
Depois do almoço continuei a caminhada e passei novamente pela basílica de Notre Dame. Passei pela parte de trás dela primeiro e vi aquele monte de gárgulas nas paredes da igreja. Nunca vi nada parecido.


Tã Dããã! Finalmente cheguei no Museu do Louvre. Provavelmente o lugar com mais cultura reunida de todo mundo.
Conversando com os amigos franceses eles me deram a dica de não tentar ver tudo no museu, porque, por ser tão enorme, é impossível ver tudo num dia só, seria preciso no mínimo uns 3 dias pra ver tudo, e se eu tentasse seria muita informação pra um dia só e eu acabaria esquecendo da maioria das coisas. Me disseram que seria melhor pra mim escolher o que eu gosto mais e aproveitar bem estas. Escolhi a arte antiga Italiana e os artefatos egípcios.

Lembra muito Domus Galilaeae que visitei na Galileia.



Aquela.
Como se não bastasse tudo, ainda pude ver Mona Lisa. Eu nunca vou ser grato o suficiente por ter tido esse tipo de oportunidade.

Quando eu achei que tinha visto bastante no museu de Israel eu fiquei totalmente surpreendido com a galeria egípcia do Louvre e entendi o porque deste museu ser tão famoso.



Múmia.




Último vislumbre do Louvre.

Muitos lugares eu queria ter ido e não pude, ou não tive a oportunidade, como as montanhas de Masada, o Mar Morto, o palácio de Versailles, Eilat, e muitos outros, mas seria muita cobiça minha querer ter visto tudo possível em uma única viagem, e o fato de eu ter deixado coisas pra trás me traz o sonho de poder visitar de novo uma próxima vez.

Eu não sou ignorante a ponto de pensar que essa viagem foi uma conquista minha. Foi muito mais da minha família do que minha. Eu aproveitei a oportunidade, mas se não fosse o apoio de tantas pessoas queridas: da minha família, que me deu apoio financeiro e psicológico apesar do medo do oriente médio, do Mauro, que sempre me ajudava pesquisar sobre os lugares que eu tinha que visitar, do Roger ,que me levou pra CI pra mim me candidatar à vaga de Israel, da Gio, que apesar da tristeza da distância me deu muito apoio e carinho, e tantos outros, eu não teria nem conseguido ir.
Essa foi a experiência mais bonita da minha vida, e tudo que eu tenho a dizer é obrigado.


"We move in circles
Balanced all the while
On a gleaming razor's edge

A perfect sphere
Colliding with our fate
This story ends where it began"

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Paris 2

Quarta-feira, 4 de outubro de 2012. Segundo dia em Paris, último dia no albergue e ainda 2 dias na cidade, contando este.

Gare du Nord.
Depois de ter dormido muito bem tomei um bom banho, ajeitei as malas, planejei a caminhada, guardei as malas na sala de bagagens do albergue e fui tomar um café em um McDonald's cafe. Essa, na foto ao lado, era a minha vista de dentro do café. A estação central de trens Gare du Nord.
Tomei um cappuccino e comi um croissant na esperança de que me surpreenderia com o original. Fiquei decepcionado. Espero que tenha sido uma decepção singular e que tenha melhores. O croissant não tinha recheio nem nada de especial
.
Saí do café e peguei o metrô até a parada do arco do triunfo. Foi uma surpresa incrível dar de cara com esse monumento. Eu tinha impressão pelas fotos de que era menor, e todo mundo que eu pedi sobre o arco falou que era mais ou menos. Ele me surpreendeu demais. É lindo e gigantesco.
Arc de triomphe.

A partir do arco eu dei uma longa caminhada em uma das avenidas mais famosas da cidade: Champs-Elysées.

É nessa avenida que as lojas mais famosas estão. Tirei algumas fotos das que mais me chamaram atenção.




Visão sensacionalista francesa do candidato americano à presidência Romney, "o extraterrestre".

Vista de toda avenida até o arco do triunfo.

Petit Palais
Não tinha encontrado nenhuma dica na internet sobre este lugar, mas acabei encontrando por acaso no caminho alguns palácios. "Le grand Palais" e "Petit Palais".

Le Grand Palais.

Ponte de Alexandre III.
Seguindo caminho atravessei a ponte de Alexandre III em direção ao "Les invalides".


Museu da Air France.

Les Invalides.


Vossa Excelência, senhor Napoleão Bonaparte.

Acabei não entrando para ver o túmulo do Napoleão porque precisaria pagar para ver todo o palácio e eu tinha muitos planos e pouco tempo pra perder lá, então estava satisfeito em ter conhecido o lugar por fora.

No caminho para o museu de Orsay uma senhora passava ao meu lado e encontrou um anel no chão. Olhou pra mim e disse que pra ela não servia o anel e que era pra mim ficar com ele. Me desejou um bom dia e pediu se eu não tinha umas moedas pra ela comprar um sanduíche e uma coca. Uma quadra à frente havia outra senhora chorando pra um casal pedindo por um anel. Como eu demorei pra chegar na outra quadra porque fiquei em uma das pontes por um tempo tirando umas fotos, o golpe deu errado. Trouxe o anel pra casa e fizemos o teste de autenticidade. Não passou.
Continuando caminho segui caminho ao lado do rio Sena até o museu de Orsay.
Meu plano era ver esse museu ainda na quarta e deixar o Louvre para o último dia. Jamais iria ver os dois museus no mesmo dia. Apesar de serem muito próximos seria muita informação pra um dia só.
Fila do museu de Orsay.

Visão interna do relógio do museu de Orsay.
O museu de Orsay costumava ser uma estação de trem e foi reformada para ser o museu. Minhas expectativas eram baixas em razão de que eu achava que o Louvre concentrava as melhores peças da cidade.
As peças que mais me impressionaram neste museu foram Van Gogh e Monet.
Eu costumava menosprezar essas artes que não seguem um padrão realista. Mudei totalmente minha concepção de arte dentro deste museu! É simplesmente incrível!



Uma pena que fotos não eram permitidas das artes, mas tirei essa foto com o celular. Pra quem lembra do episódio de Mr. Bean vai rir como eu ri na hora. Se não lembra, pesquisa no google por imagens com "mr. bean pintura", certamente vai encontrar.

Escultura no lado de fora do museu.

Museu do Louvre.
Passei pela frente do museu do Louvre mas não parei. Queria deixar o melhor por último.


Notre Dame.
Minha última visita do dia foi a basílica de Notre Dame. Apenas passei pela frente e tirei umas fotos. Já estava bastante cansado e precisava voltar para o albergue, pegar minhas malas e ir para a casa do meu anfitrião no CouchSurfing.

O nome dele é Jonathan Scher. Ele trabalha como gerente em uma empresa de tecnologia de informação. Pelo que ele me falou o emprego dele é muito ideal.
Fui muito bem recebido com dois violões e um piano. Conversamos bastante, tocamos e cantamos vários músicas e no fim da noite fomos pra um restaurante.
Sofá que dormi. Ele ainda montava
e ficava como uma cama de casal.
 Eu pedi pra eles me sugerirem um prato bem francês para experimentar. Comi um filé de ovelha com salada. Uma das coisas que eu percebi na cozinha francesa é que eles não misturam muita coisa. Eles pegam uma comida e preparam ela com excelência, ao invés de misturar um monte de coisa que acabam perdendo o gosto.
Piano do Jonathan.


Embaixo da torre durante a noite.
Depois de muito conversar e comer, eu comentei que havia uma coisa que eu ainda queria fazer lá que eu achava que não ia conseguir por falta de tempo, que era ver a torre durante a noite. Então o colega de quarto do Jonathan, o Malik, se propôs a ir comigo até lá.

Torre piscando.
Faltando 15 minutos pra cada hora, pela noite, a torre pisca como na foto ao lado.
Pegamos o metrô por volta da meia noite. O último metrô que nos levava para casa era as 00:38, portanto ou víamos a torre piscando ou pegávamos o trem. Tivemos que andar até em casa depois da visita. Foram umas duas horas de caminhada e uma longa conversa muito incrível. Malik me explicou muita coisa sobre a cidade. A temperatura estava ideal para a caminhada.

Chegando perto de casa encontramos o museu de pompidou. E na frente dele encontrei essa pérola. Uma estátua da cabeçada que Zidane deu no Materazzi na copa de 2006.

Chegamos em casa por volta das 3 da manhã, mas até tomar banho e tudo mais acabei pegando no sono por volta das 4. Fiquei com medo que fosse acordar tarde pro outro dia, mas no fim deu tudo mais que certo.