Uma das sortes que tive com o CouchSurfing foi a localização do anfitrião. Fiquei a umas três quadras do cemitério "Père-Lachaise". O maior e mais famoso cemitério de Paris.
Apesar de ser um cemitério, o lugar é muito lindo. Aliás, a arquitetura gótica em Paris é simplesmente incrível, mas nesse lugar era o extremo disso. Eu me senti no Ato I do Diablo III.
Essa primeira foto é da sepultura do melhor pianista da história do mundo (na minha humilde opinião), Frédéric Chopin. Apesar da nacionalidade dele e da bandeira, Michal me disse que ele não é muito popular na Polônia. Acredito que é o mesmo que acontece com Vila Lobos no Brasil, Ástor Piazzolla na Argentina, etc.
Esse cemitério é um lugar que eu deveria ter estudado mais antes de visitar. Várias pessoas importantíssimas estão sepultadas lá e eu acabei não vendo ou encontrando. Um ótimo exemplo é o cientista francês Fourier. Fourier é o inventor de uma das bases mais importantes pra minha engenharia tive a oportunidade de ver sua sepultura e perdi. Tudo bem, aproveitei outras incríveis também. Como as das próximas fotos.
Túmulo de Jim Morrison. |
Túmulo de Allan Kardec - responsável pelo Espiritismo. E eu, muito sério. |
Esse monumento ao lado fica bem no centro do cemitério. O lugar é realmente muito bonito.
Quando estava saindo do cemitério pela parte norte dele encontrei esses monumentos em memória da segunda guerra em memória aos soldados mortos pela França. Cada um dos monumentos é uma homenagem a cada povo.
Saindo do cemitério peguei o metrô e fui ao sul do rio. Acabei passando pela parte de trás da igreja Saint-Nicolas-du-Chardonnet por sorte, pois não estava nos planos.
Estava procurando um lugar pra comer que vi ótimas avaliações na internet antes de sair de casa. Encontrei e tive um ótimo almoço na parte de fora do restaurante.
Almoço. |
Vista que tinha durante o almoço. |
Depois do almoço continuei a caminhada e passei novamente pela basílica de Notre Dame. Passei pela parte de trás dela primeiro e vi aquele monte de gárgulas nas paredes da igreja. Nunca vi nada parecido.
Tã Dããã! Finalmente cheguei no Museu do Louvre. Provavelmente o lugar com mais cultura reunida de todo mundo.
Conversando com os amigos franceses eles me deram a dica de não tentar ver tudo no museu, porque, por ser tão enorme, é impossível ver tudo num dia só, seria preciso no mínimo uns 3 dias pra ver tudo, e se eu tentasse seria muita informação pra um dia só e eu acabaria esquecendo da maioria das coisas. Me disseram que seria melhor pra mim escolher o que eu gosto mais e aproveitar bem estas. Escolhi a arte antiga Italiana e os artefatos egípcios.
Lembra muito Domus Galilaeae que visitei na Galileia. |
Aquela. |
Como se não bastasse tudo, ainda pude ver Mona Lisa. Eu nunca vou ser grato o suficiente por ter tido esse tipo de oportunidade.
Quando eu achei que tinha visto bastante no museu de Israel eu fiquei totalmente surpreendido com a galeria egípcia do Louvre e entendi o porque deste museu ser tão famoso.
Quando eu achei que tinha visto bastante no museu de Israel eu fiquei totalmente surpreendido com a galeria egípcia do Louvre e entendi o porque deste museu ser tão famoso.
Múmia. |
Último vislumbre do Louvre. |
Muitos lugares eu queria ter ido e não pude, ou não tive a oportunidade, como as montanhas de Masada, o Mar Morto, o palácio de Versailles, Eilat, e muitos outros, mas seria muita cobiça minha querer ter visto tudo possível em uma única viagem, e o fato de eu ter deixado coisas pra trás me traz o sonho de poder visitar de novo uma próxima vez.
Eu não sou ignorante a ponto de pensar que essa viagem foi uma conquista minha. Foi muito mais da minha família do que minha. Eu aproveitei a oportunidade, mas se não fosse o apoio de tantas pessoas queridas: da minha família, que me deu apoio financeiro e psicológico apesar do medo do oriente médio, do Mauro, que sempre me ajudava pesquisar sobre os lugares que eu tinha que visitar, do Roger ,que me levou pra CI pra mim me candidatar à vaga de Israel, da Gio, que apesar da tristeza da distância me deu muito apoio e carinho, e tantos outros, eu não teria nem conseguido ir.
Essa foi a experiência mais bonita da minha vida, e tudo que eu tenho a dizer é obrigado.
"We move in circles
Balanced all the while
On a gleaming razor's edge
A perfect sphere
Colliding with our fate
This story ends where it began"