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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Paris 2

Quarta-feira, 4 de outubro de 2012. Segundo dia em Paris, último dia no albergue e ainda 2 dias na cidade, contando este.

Gare du Nord.
Depois de ter dormido muito bem tomei um bom banho, ajeitei as malas, planejei a caminhada, guardei as malas na sala de bagagens do albergue e fui tomar um café em um McDonald's cafe. Essa, na foto ao lado, era a minha vista de dentro do café. A estação central de trens Gare du Nord.
Tomei um cappuccino e comi um croissant na esperança de que me surpreenderia com o original. Fiquei decepcionado. Espero que tenha sido uma decepção singular e que tenha melhores. O croissant não tinha recheio nem nada de especial
.
Saí do café e peguei o metrô até a parada do arco do triunfo. Foi uma surpresa incrível dar de cara com esse monumento. Eu tinha impressão pelas fotos de que era menor, e todo mundo que eu pedi sobre o arco falou que era mais ou menos. Ele me surpreendeu demais. É lindo e gigantesco.
Arc de triomphe.

A partir do arco eu dei uma longa caminhada em uma das avenidas mais famosas da cidade: Champs-Elysées.

É nessa avenida que as lojas mais famosas estão. Tirei algumas fotos das que mais me chamaram atenção.




Visão sensacionalista francesa do candidato americano à presidência Romney, "o extraterrestre".

Vista de toda avenida até o arco do triunfo.

Petit Palais
Não tinha encontrado nenhuma dica na internet sobre este lugar, mas acabei encontrando por acaso no caminho alguns palácios. "Le grand Palais" e "Petit Palais".

Le Grand Palais.

Ponte de Alexandre III.
Seguindo caminho atravessei a ponte de Alexandre III em direção ao "Les invalides".


Museu da Air France.

Les Invalides.


Vossa Excelência, senhor Napoleão Bonaparte.

Acabei não entrando para ver o túmulo do Napoleão porque precisaria pagar para ver todo o palácio e eu tinha muitos planos e pouco tempo pra perder lá, então estava satisfeito em ter conhecido o lugar por fora.

No caminho para o museu de Orsay uma senhora passava ao meu lado e encontrou um anel no chão. Olhou pra mim e disse que pra ela não servia o anel e que era pra mim ficar com ele. Me desejou um bom dia e pediu se eu não tinha umas moedas pra ela comprar um sanduíche e uma coca. Uma quadra à frente havia outra senhora chorando pra um casal pedindo por um anel. Como eu demorei pra chegar na outra quadra porque fiquei em uma das pontes por um tempo tirando umas fotos, o golpe deu errado. Trouxe o anel pra casa e fizemos o teste de autenticidade. Não passou.
Continuando caminho segui caminho ao lado do rio Sena até o museu de Orsay.
Meu plano era ver esse museu ainda na quarta e deixar o Louvre para o último dia. Jamais iria ver os dois museus no mesmo dia. Apesar de serem muito próximos seria muita informação pra um dia só.
Fila do museu de Orsay.

Visão interna do relógio do museu de Orsay.
O museu de Orsay costumava ser uma estação de trem e foi reformada para ser o museu. Minhas expectativas eram baixas em razão de que eu achava que o Louvre concentrava as melhores peças da cidade.
As peças que mais me impressionaram neste museu foram Van Gogh e Monet.
Eu costumava menosprezar essas artes que não seguem um padrão realista. Mudei totalmente minha concepção de arte dentro deste museu! É simplesmente incrível!



Uma pena que fotos não eram permitidas das artes, mas tirei essa foto com o celular. Pra quem lembra do episódio de Mr. Bean vai rir como eu ri na hora. Se não lembra, pesquisa no google por imagens com "mr. bean pintura", certamente vai encontrar.

Escultura no lado de fora do museu.

Museu do Louvre.
Passei pela frente do museu do Louvre mas não parei. Queria deixar o melhor por último.


Notre Dame.
Minha última visita do dia foi a basílica de Notre Dame. Apenas passei pela frente e tirei umas fotos. Já estava bastante cansado e precisava voltar para o albergue, pegar minhas malas e ir para a casa do meu anfitrião no CouchSurfing.

O nome dele é Jonathan Scher. Ele trabalha como gerente em uma empresa de tecnologia de informação. Pelo que ele me falou o emprego dele é muito ideal.
Fui muito bem recebido com dois violões e um piano. Conversamos bastante, tocamos e cantamos vários músicas e no fim da noite fomos pra um restaurante.
Sofá que dormi. Ele ainda montava
e ficava como uma cama de casal.
 Eu pedi pra eles me sugerirem um prato bem francês para experimentar. Comi um filé de ovelha com salada. Uma das coisas que eu percebi na cozinha francesa é que eles não misturam muita coisa. Eles pegam uma comida e preparam ela com excelência, ao invés de misturar um monte de coisa que acabam perdendo o gosto.
Piano do Jonathan.


Embaixo da torre durante a noite.
Depois de muito conversar e comer, eu comentei que havia uma coisa que eu ainda queria fazer lá que eu achava que não ia conseguir por falta de tempo, que era ver a torre durante a noite. Então o colega de quarto do Jonathan, o Malik, se propôs a ir comigo até lá.

Torre piscando.
Faltando 15 minutos pra cada hora, pela noite, a torre pisca como na foto ao lado.
Pegamos o metrô por volta da meia noite. O último metrô que nos levava para casa era as 00:38, portanto ou víamos a torre piscando ou pegávamos o trem. Tivemos que andar até em casa depois da visita. Foram umas duas horas de caminhada e uma longa conversa muito incrível. Malik me explicou muita coisa sobre a cidade. A temperatura estava ideal para a caminhada.

Chegando perto de casa encontramos o museu de pompidou. E na frente dele encontrei essa pérola. Uma estátua da cabeçada que Zidane deu no Materazzi na copa de 2006.

Chegamos em casa por volta das 3 da manhã, mas até tomar banho e tudo mais acabei pegando no sono por volta das 4. Fiquei com medo que fosse acordar tarde pro outro dia, mas no fim deu tudo mais que certo.

sábado, 13 de outubro de 2012

Paris 1 - Montmartre

Por um lado eu estava com muita saudade de casa e não aguentava mais de ansiedade para chegar em casa. Mas por outro, eu estava indo pra Paris. Como iria reclamar.
Saí de casa as 2 da manhã, por isso nem dormi naquela noite. Cheguei no aeroporto era em torno das 4 da manhã. Na fila do check-in, antes da verificação das bagagens, a policial olhou meu passaporte, percebeu que eu era brasileiro e começou falar em português comigo. Fiquei bastante surpreso. Ela contou que morou no Brasil por um tempo e que o namorado dela também estava estudando pra entrar na Technion. Também me pediu se eu tinha alguma coisa na mala que não era minha ou se havia recebido algum presente. De fato tinha recebido alguns presentes do Lev. Por isso revistaram minha mala. Me questionaram sobre o turbante também. Mas fui colaborativo e não tive problemas.
Algumas montanhas que vi durante o vôo.
Tive sorte no voo pra Paris. Fiquei sozinho com 3 poltronas.
Chegando em Paris a primeira coisa que fiz foi entrar na internet e checar o endereço do hostel, pra ver se tinha anotado tudo certinho e ver o mapa novamente.
Tinha pensado em comprar uma passagem livre do trem RER pros 3 dias lá, mas quando soube do preço desisti na hora e comprei uma passagem só de ida. Fiz a escolha certa, porque depois conversando com o pessoal do albergue soube que era vantajoso pra mim comprar o pacote com 10 passagens. Fiz isso, sobraram passagens e gastei menos dinheiro.
A melhor vantagem que tive do albergue que escolhi foi a localização. Uma quadra da estação Gare du Nord. Era realmente muito fácil chegar lá. Eu estava um pouco com medo de não encontrar-lo, porque no street view do Google Maps não foi fácil encontrar, mas quando cheguei perto do lugar onde deveria ser o albergue era muito bem sinalizado. Foi realmente fácil encontrar ele.

Primeiras impressões de Paris.
O dia estava chuvoso, mas eu tinha um plano de conhecer alguns lugares. Deixei minhas malas no albergue, desci no lobby e fui conversar com o pessoal. Eles me ajudaram a fazer um plano de caminhada pra conhecer a região e me deram um ótimo mapa da cidade de graça que usei durante toda estadia.
Essa foi a caminhada que fiz depois de sair do hotel:



View Paris - Montmartre in a larger map


Era em torno de 5 horas da tarde já quando saí pra caminhada. Foi só chegar na esquina da Boulevard de Clichy que tive um vislumbre dessa beleza na foto ao lado. Poderia ter seguido reto, mas queria conhecer o resto da avenida ainda e sabia que ia chegar lá depois. Também ainda não havia almoçado. Precisava encontrar alguma coisa pra comer.
Chega de Falafel.

Conversando com o pessoal do albergue soube que os restaurantes da avenida eram bastante turísticos no mau sentido. Preços exorbitantes e qualidade questionável. Me sugeriram um bar em uma ruazinha perto do lugar. Pedi uma salada. Veio esse prato da foto ao lado. Batata frita, pão com queijo de cabra, mais pão, bacon, molho, e uma alface ao fundo pra não dizer que não é salada.
O plano era caminhar muito mais do que isso no primeiro dia. Mas depois que comi essa "salada" eu não aguentava mais. Fiz o que tinha de mais próximo, o que realmente ainda dava pra fazer.
Apesar de que ainda tive força e coragem de subir as escadas da igreja do sagrada coração, a "Sacre Coeur". A subida foi muito longa e cansativa.
Lá em cima haviam muitos turistas. Foi em Paris que tive a primeira impressão da invasão de turistas chineses. Quando estava nos Estados Unidos eu cheguei ver, esporadicamente, grupos chineses de turismo, mas em Paris, desta vez, foi exagerado o número.
A igreja era muito bonita mesmo.



Depois da igreja fiz uma caminhada pra dar uma olhada no cemitério que tem na região de montmartre. Eu achei a região muito bonita, mas provavelmente apenas por ter sido a primeira região a ter visitado, porque o resto de Paris tem um nível de beleza incrível.
Depois de uma longa caminhada, barriga muito cheia, voltei pro albergue, olhei meus emails e tudo mais. Enquanto estava na internet, tinha um chinês do meu lado tomando uma sopa numa caneca. Ele fazia muito barulho tomando aquela sopa. E aquela caneca era pequena, mas devia ser de uns 5 litros, porque ele demorou muito pra terminar, e não teve nenhum gole silencioso. Eu não sabia se achava engraçado ou me irritava.
Como não dormi na noite anterior eu estava realmente cansado e acabei indo dormir em torno das 8 da noite. Acordei 13 horas depois. E o dia seguinte fica pro próximo post.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Tel-Aviv durante Sukkot

Durante minha última semana em Israel decidimos visitar Tel-Aviv pela facilidade de transporte até lá e de volta.



Conversando com o Lev, meu colega de quarto, ele me contou que nunca tinha visitado a cidade, apenas passado pela estação rodoviária e de trem.
Como forma de agradecimento por toda ajuda que ele nos deu nas viagens anteriores e também por termos nos dado tão bem, eu decidi convidar ele pra vir junto e pagar a passagem pra ele.

Pra mim é injusto ele morar em Israel há 7 anos e não conhecer esse lugar.

Lev, ao fundo, vislumbrando o futuro.







Essa região em Tel-Aviv se chama "Old Jaffa". Jaffa é inglês pra Yafo, que por sua vez é hebraico pra Tel-Aviv, então é como se fosse a cidade velha de Tel-Aviv.

Muitos eventos históricos aconteceram no local, alguns deles envolvendo Napoleão, inclusive.



Essas fotos são de cabanas construídas pelos judeus durante o Sukkot. Eles constroem elas e tem que morar nelas durante a semana inteira. O teto é de palha e tem que aguentar mesmo que chova, sendo que sukkot supostamente é a semana que começam as chuvas em Israel (e realmente choveu). Eles fazem isso como demonstração de confiança em Deus e para lembrar das dificuldades que o povo judeu teve quando foi libertado dos egípcios e tiveram que passar muitos anos no deserto.

Nessas cabanas eles mantém comida e também dão comida para as pessoas que quiserem entrar nas cabanas. É uma forma de demonstrar a hospitalidade.