Monte das Oliveiras

 Estávamos ainda nos pés do monte quando tive essa vista para a muralha da cidade velha e tirei a foto achando que seria um bom lugar. Eu nem imaginava o que viria pela frente.

Em primeiro lugar a subida é extremamente íngreme. Golzinho brasileiro 1.0 não sobe, tenho certeza. Eu estava exausto na metade da subida.

 À direita da subida que pegamos havia um cemitério judeu. Dizem ser caríssimos os túmulos nesse lugar, por ser um lugar sagrado. Particularmente acho ridícula essa mistura de capitalismo com religião, mas faz sentido querendo ou não.

Cemitério judeu no monte das oliveiras.

Estávamos subindo o monte por um caminho que eu não tinha certeza. Parecia mais curto mas eu achava estar fora da rota que planejamos. Quando encontramos a entrada para uma igreja que, na verdade, estava nos planos. Ou seja, acertamos o caminho por sorte.

A igreja se chama Dominus Flevit, e era muito bonita, mas o mais fantástico dessa igreja foi a vista para a cúpula da Rocha. Provavelmente a foto mais bonita que tirei na viagem foi daqui.

Vista para a igreja de Maria Madalena.

 

Nesse ponto da viagem encontrei um grupo de turistas brasileiros. Foi o meu único contato que tive com brasileiros até agora aqui em Israel, exceto pelo outro estudante que está em Tel-Aviv, mas só conversei com ele duas vezes até agora.

Quando falei pro grupo que eu era gaúcho, começaram gritar "gaúcho" pra todos os lados. Fiasquentos como brasileiros. :P

Vista de cima do monte para a porta da igreja Paternoster.

Continuamos subindo o monte. Foi realmente exaustivo. Quase no topo do monte encontramos a igreja chamada Paternoster. Uma bandeira da frança estava estendida na entrada.

 

Precisamos pagar para entrar nela, mas a estrutura era muito interessante. Existiam cavernas embaixo da igreja, e alguns guias turísticos explicavam o que elas costumavam ser, mas em línguas que eu não entendo.

Em meio à muitas placas, com muitas línguas, encontrei o Português, porém parece ser um português muito antigo (ou muito errado).

Finalmente chegamos no topo do monte e encontramos a igreja chamada Igreja da Ascensão. Uma coisa estranha foi que eu pedi informações para pessoas na rua, e elas me davam informações erradas. Eu decidi confiar no meu senso geográfico e no meu mapa ao invés de confiar neles, e deu certo.

A igreja era muito bonita e também fazia parte de um hospital. Era preciso pagar pra entrar na igreja e éramos os únicos visitantes, por isso decidimos não entrar.

Eu ouvi falar que no topo do monte das oliveiras era possível avistar o mar morto e território do Jordânia.

Como eu acreditava estar no topo do monte, decidimos dar uma volta nessa área da igreja pra ver se conseguíamos uma boa vista para além do território israelense. Até que encontrei esse morro na foto ao lado. Subi lá e tirei a foto abaixo.

Acredito que a sutil linha no fundo da imagem já seja território da Jordânia, mas a baixa visibilidade que tínhamos naquele dia não nos proporcionou a vista para o mar morto.

Voltando para a cidade velha encontrei um campo de futebol no caminho.

A primeira impressão é que subir é muito difícil, mas descer é mais fácil. Não é assim. O caminho é tão íngreme que até descer foi cansativo.

Descemos até o vale, tivemos que subir de novo pra chegar de volta à cidade velha, e daí então começamos a caminhada pela Via Dolorosa.