Eu na frente da muralha com o turbante. |
Depois de 5 minutos dele ajeitando o turbante em 20 jeitos diferentes de amarrar (que eu não tenho ideia de como fazer sozinho) e buscando um espelho ele veio com o preço. Ele disse:
-O preço normal dos dois seria 150 shekels, mas te faço por 130.
Mantendo em mente que 1 real são 2 shekels, e que eu já tinha visto outro turbante igual por 75 shekels.
Falei pra ele que teria que passar no hostel pra pegar mais dinheiro, por que não tinha o suficiente. Ele ficou discutindo comigo por uns 10 minutos dizendo que eu tinha dinheiro, que eu também podia usar cartão de crédito, que eu podia pedir emprestado pro meu amigo (Michal), que por sorte convenceu o senhor de que tinha deixado a carteira no hostel. Então ele disse:
-Quanto de dinheiro você tem aí?
Eu peguei todas as moedas que eu tinha no bolso. Tinha em torno de 40 shekels. Ele disse então que com mais 50 shekels ele me vendia. Foram mais 10 minutos tentando convencer ele que eu teria que voltar pro hostel pra pegar dinheiro, até que ele disse:
-Leva pra casa, pega o dinheiro e me traz, eu confio em você!
Então eu disse:
-Eu não vou mentir pro senhor, eu preciso ver se tenho dinheiro ainda, ainda preciso voltar pra Haifa. Eu não vou mentir.
Ele me olhou sério nos meus olhos por uns 5 segundos e disse:
-Pode levar. Você é estudante. Pode levar.
Me vendeu o cartão postal e o turbante por 40 shekels (20 reais, aprox.). O que era pra ser mais de 150 shekels (75 reais aprox.).
O problema é que eu nunca vou saber se esse preço que paguei foi bom mesmo. É como jogar poker, eu nunca vou saber quais cartas ele tinha (o preço real do turbante). Era só um cartão postal e a compra levou uma meia hora de conversa.
Se fosse só em vendas isso ainda seria bem aceitável, o problema é que é assim até com doações nos pontos turísticos. Eles ficam te forçando a dar mais dinheiro nas doações.
Essa questão da negociação é muito interessante. Eles crescem nesse meio e vendem muito bem! A margem de lucro deles nunca é definida. Tenho certeza que conseguem vender coisas com margem de lucro de mais de 500% pra alguns turistas, mas aceitam barganha com margens de muito menos de 100% de lucro.
Os cara são ligeiro até na terra santa
ResponderExcluirBruno. E teu pai.
ResponderExcluirCruzou com os bravos.
Eu sempre imaginei que o povo Israelense era um povo dificil de relacionamento.
Tu ta se dando bem, em funcao da carteira de estudante. Nao acha?
Essa passagem vai marcar muito pra ti.
Ate mais.
Oi pai!
ExcluirÉ estranho, porque eles não são brabos em geral, mas as vezes eles tão gritando e quando tu olha na cara deles eles têm um sorriso na cara. Buzinam pra qualquer coisa, mas não ficam brabos no trânsito, como os brasileiros.
Eu tava conversando com a Gio e lembrando como era nos EUA, aqui é muito tranquilo. Todo mundo fala inglês devagar e claro. To muito tranquilo aqui, mas já to com saudade de casa.
Até mais!